Parábola do servo vigilante
Parábola
do servo vigilante
“Estejam
cingidos os vossos lombos e acesas as vossas candeias. E sede vós
semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas,
para que, quando vier e bater, logo possam abrir-lhe. Bem-aventurados
aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos
digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-se, os
servirá. E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília,
e os achar assim, bem-aventurados são os tais servos. Sabei,
porém, isto: se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão,
vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Portanto, estai vós também
apercebidos; porque virá o Filho do Homem à hora que não imaginais.” (Lucas, 12, 35-40)
A Parábola do
servo vigilante faz parte do Sermão Profético proferido por Jesus próximo ao
final de sua missão, em que o Mestre exorta todos ao trabalho edificante na
prática do bem, de iluminação e à vigilância constante, recomendando-nos a mantermos
firmes na execução das tarefas em benefício do progresso próprio e dos nossos
semelhantes.
Se assim procedermos,
sempre vigilantes, em condições de servir e iluminar os nossos semelhantes,
ensinando-lhes o caminho ao Pai, seremos considerados bons servos e
conquistaremos a confiança do Senhor. Por consequência, Ele nos tomará como seus
prepostos, obreiros da Providência divina, e administradores de seu patrimônio.
Pelos ensinamentos
e exemplos de Jesus, sabemos qual é a vontade do Senhor e como Ele quer que
ajamos.
Na vinha do
Senhor, por toda a parte, encontramos almas que necessitam dos nossos serviços,
esperando de nós o amparo, o auxílio, a proteção, os esclarecimentos, as orientações,
o estímulo para o bem, os exemplos de fé, o consolo e a paciência, a fim de conhecerem
a verdade libertadora e que possam suportar melhor as provações e expiações
terrenas com resignação, esperança e confiança em Deus.
Para tanto, devemos
dar cumprimento aos compromissos assumimos diante do Cristo, cuidando com
dedicação e zelo daqueles que nos foram confiados. Felizes seremos, se a final
de uma existência, formos surpreendidos assim servindo.
Por outro
lado, se desprezar a advertência do Mestre e achar que o Senhor tarda em vir,
entregando-se às paixões, aos vícios, aos gozos mundanos e mergulhados no sono espiritual,
deixando de fazer o seu dever, como o ladrão que assalta a residência, inesperadamente,
receberá a visita do ceifeiro e será julgado segundo as suas obras.
Os que se
entregaram na prática do mal serão transferidos para as trevas exteriores, onde
há choro e ranger de dentes, e sofrerão as consequências da incúria e da desídia,
sofrimento que será proporcional ao maior ou menor grau de compreensão
evangélica que tiver, pois “a qualquer que muito for dado, muito se lhe
pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá” (Lucas,
12: 48).
Quanto à data e à hora da chegada do Senhor,
não é possível determinar quando a Terra subirá o degrau evolutivo, como
expresso na Parábola da figueira: “Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem
os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai” (Mateus, 24: 36), por
isso importante o alerta da Parábola: “Bem-aventurados aqueles servos, os
quais, quando o Senhor vier, achar vigiando!”.
Assim, não
sabemos a que horas o Senhor nos baterá à porta, se na segunda, se na terceira
vigília. “Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do
Homem à hora que não imaginais”.
Bibliografia:
BÍBLIA
SAGRADA.
CALLIGARIS,
Rodolfo. Parábolas evangélicas à luz do
espiritismo. 11ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2019.
SAYÃO,
Antônio Luiz. Elucidações evangélicas à luz da Doutrina Espírita. 16ª
Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2019.
SCHUTEL,
Cairbar. Parábolas e Ensinos de Jesus.
28ª Edição. Matão/SP: Casa Editora O Clarim, 2016.

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